14 más práticas que irritam os jornalistas no trabalho de Assessoria de Imprensa
Antes de enumerar os 14 pontos que identificámos, importa referir que o assessor faz um bom trabalho quando é percecionado como agente facilitador e uma fonte de informação útil, credível, fidedigna e relevante que enriquece e agiliza o trabalho do jornalista, e consequentemente do meio em questão.
Não basta considerarmos que a informação é notícia, é preciso conseguir transmiti-la da melhor forma e ser entendida como tal pelo destinatário. Assim, além de conhecer as as estruturas dos meios e as especificidades próprias de cada um para um direcionamento eficiente (não enviar tudo a todos), é imprescindível fazermos tudo o que nos compete para sermos um valor acrescentado e não um poço de frustrações e de irritações que só desgastam e criam barreiras na relação.
Por isso nunca:
- Falhar deadlines: demonstra desorganização e falta de consideração pelo trabalho do jornalista, pondo em causa a confiança futura e a publicação do próprio artigo (ou grau de destaque por falta de elementos)
- Enviar comunicados com pouca informação/incompletos/vagos: originam perda de tempo por parte do jornalista na procura de dados que à partida já deviam estar contemplados face à temática abordada. É também importante colocar links em palavras-chave para mais informação, divulgar o endereço web da sala de imprensa e incluir os contactos a quem deve dirigir pedidos adicionais
- Esquecer de incluir imagens: as comunicações à imprensa devem ser sempre acompanhadas de imagens, fotografias, esquemas, gráficos, etc., que possam ilustrar, complementar e enriquecer o texto. Vivemos numa era em que, mais do que nunca, a imagem assume um papel fundamental na captação da atenção do destinatário. Além de evitar a perda de tempo por parte do jornalista na sua pesquisa, é uma forma da empresa conseguir que a ilustração tenha a ver com a sua atividade e esteja coerente com a sua identidade
- Fazer follow-up massivo por email e/ou telefone: os jornalistas recebem inúmeros emails e telefonemas por dia e além da triagem do que é ou não relevante para o seu meio, não é de todo agradável estar a ler e a ouvir constantemente: “Recebeu a minha comunicação? Teve a oportunidade de ler esta informação?”. Claro que teve e não é por estar constantemente com uma atitude intrusiva que vai tornar a comunicação interessante para o jornalista/meio. Há que fazer tudo com conta, peso e medida
- Escrever o assunto do email em Caps Lock: não vale a pena gritar para ser notado. Utilizar palavras em maiúsculas é uma má prática em qualquer email, revela demasiada agressividade e incita a que seja apagado
- Estar mal informado sobre a matéria: quando o jornalista não entende determinado termo e questiona o assessor, é fundamental que domine o que escreveu e saiba esclarecê-lo de forma rápida e eficaz
- Enviar comunicações com temas aborrecidos e desinteressantes: existe sempre tempo e espaço para um tema atraente, para aquele que é efetivamente “notícia”, para aquele que o jornalista precisa e espera de nós. Enviar continuamente o que apenas é notícia para a própria empresa só a descredibiliza e leva a que o jornalista deixe de dar a devida atenção ao que recebe
- Pedir ao jornalista para rever o artigo/entrevista antes de ser publicado: demonstra total falta de confiança no trabalho do jornalista, colocando o seu profissionalismo em causa. Nenhum jornalista aceita fazê-lo, nem é eticamente correto (a não ser que se trate de uma publireportagem). O jornalista escreve para os seus leitores e não para a empresa. O que se deve fazer sim é disponibilizar-se para esclarecer qualquer dúvida que surja aquando da sua escrita ou para enviar qualquer informação ou dado adicional
- Pressionar o jornalista para publicar determinado artigo: o trabalho do assessor de imprensa é disponibilizar ao jornalista informação que represente uma mais-valia para o seu meio, seja através de uma entrevista, artigo de opinião ou comunicado. No entanto, é necessário perceber e respeitar que a decisão final de avançar ou não com a sua publicação, bem como o respetivo timing, passará sempre pela equipa editorial, não vale a pena ligar de 5 em 5 minutos a perguntar quando e se vai acontecer. Claro que estabelecendo-se relações próximas win-win e transmitindo informação útil, fidedigna, relevante e atual para o meio em questão é meio caminho andado para que tudo flua naturalmente
- Desmarcar entrevistas em cima da hora: tendo em conta as inúmeras solicitações a que estão sujeitos estes profissionais, desmarcar compromissos em cima da hora é algo que só deve acontecer por motivos de força maior
- Ter as fontes indisponíveis: após o envio de determinada informação é fundamental que as fontes/responsáveis das empresas estejam totalmente disponíveis para serem abordadas para aprofundar determinada questão para não frustrar o interesse demonstrado pelo jornalista
- Enviar documentos não editáveis: principalmente os meios online têm de tratar a informação rapidamente, recorrendo à seleção de texto no próprio documento. Esta ação torna-se mais simples caso a comunicação chegue em formato editável ou no próprio corpo de email
- Utilizar frases mal construídas e com erros gramaticais: é inadmissível que alguém da área da comunicação escreva mal. Revela uma imagem nada profissional e potencia a sua descredibilização
- Incluir demasiados adjetivos e informação imprecisa: evitar chavões na comunicação com os jornalistas, tais como ‘líder’, ‘inovador’, ‘melhor’, ‘único’, ‘primeiro’ que estão vulgarizados e normalmente não correspondem à realidade, a não ser que existam dados concretos que atestem a sua veracidade (que devem ser indicados)
Elimine estas más práticas e tire o máximo partido da relação Assessor-Jornalista. Todos ficam a ganhar.
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