Como implementar o Vídeo Marketing na sua empresa de Tecnologias
Com opiniões tão favoráveis, não é de estranhar que 79% dos marketeers, em geral, considerem ter sucesso com o vídeo Marketing. Numa fase em que existe uma saturação de conteúdo na web, um bom vídeo é uma das ferramentas mais impactantes de Marketing. De seguida, deixamos os principais pontos a considerar para implementar uma estratégia de vídeo Marketing na sua empresa de TI. A ascensão meteórica do vídeo na internet nos últimos anos é inegável. O vídeo é dinâmico, demonstrativo e até explicativo, e a informação é absorvida de forma mais passiva do que ao ler. Um dos últimos estudos que prova esta preferência foi feito pela Wyzowl já em 2020:
- 74% dos consumidores já compraram ou fizeram download de um software ou de uma aplicação depois de verem um vídeo.
- 84% dos consumidores já compraram um produto ou serviço depois de ver um vídeo.
- Os utilizadores vêem em média 16 horas de vídeo online por semana – um aumento de 52% face ao últimos 2 anos.
Estabelecer o propósito de uma estratégia de Vídeo Marketing
Considere como é que os vídeos vão contribuir para o sucesso do Marketing, das Vendas ou do apoio ao cliente da sua empresa.
Em Marketing, os vídeos costumam ser curtos (até 2 minutos) e servem para apresentar novos produtos, para aumentar a notoriedade da marca, atingir um determinado posicionamento ou aumentar o engagement. Um estudo da Hubspot mostrou que ter vídeos nas landing pages aumenta a conversão em 80% e adicionar a palavra “vídeo” ao assunto de um email aumenta a percentagem de abertura em 19%.
Exemplo Quando a Hootsuite, um software para a gestão de redes sociais, apresentou um novo dashboard com um vídeo em que a sua equipa recriou um segmento popular no Youtube chamado “Mean Tweets” – isto é, a leitura de tweets negativos para a câmara. Neste caso, os tweets gozavam com a UI antiquada do dashboard anterior. No fim, apresentaram o novo dashboard. Ao imitar um estilo de vídeo popular na Internet, a Hootsuite garantiu um certo nível de viralidade, ganhou notoriedade e talvez tenha reconquistado alguns dos utilizadores que perderam graças à UI antiquada. |
Nas Vendas, normalmente os vídeos são usados para dar mais detalhes sobre um produto ou serviço e tentam destruir qualquer barreira à compra que possa existir. Especialmente em B2B, em que é habitual lidar com uma cadeia de tomadores de decisão com 5 ou 6 intervenientes, o vídeo é a forma mais eficiente de fazer chegar a mesma mensagem a várias pessoas e esbater as diversas dúvidas que podem surgir.
Exemplo Com este vídeo, a aplicação de videoconferências Zoom apresenta, de forma bem- humorada, algumas das dificuldades mais habituais das videoconferências, como as más ligações ou problemas com o áudio. Com o vídeo, o Zoom mostra que sabe quais são as dores ou as irritações comuns das suas personas e oferece boas razões para incentivar a compra ou a experimentação. |
Em customer success, o objetivo principal é facilitar o onboarding e levar o novo cliente dos “0 aos 100” do produto ou serviço que acabou de adquirir no menor tempo possível. Neste sentido, é comum os vídeos serem didáticos, isto é, instrucionais ou “how-tos” com o passo a passo para executar determinada ação. A segunda fase do customer success é fortalecer a relação com o Cliente, pelo que podem surgir vídeos como a apresentação da equipa, webinars específicos para os Clientes, ou mesmo success stories de outros clientes.
Exemplo A Vidyard, uma plataforma de produção de vídeos online, quis combater o excesso de emails que envia aos seus clientes. A solução foi fazer um update e apresentação da equipa via live stream. Desta forma, acreditam que conseguem passar uma realidade mais autêntica sobre a empresa e criar relações mais duradouras com os Clientes. |
Determinar os formatos e os tópicos do conteúdo de Vídeo Marketing
- Video demos: vídeos com um tour ou teste do produto, que funciona como uma visão geral mesmo antes de o produto ser adquirido ou testado pelo próprio.
- Vídeos institucionais ou de branding: apresentam a marca, a visão e procuram aumentar a notoriedade ou estabelecer um posicionamento.
- Vídeos de eventos: filmagem de conferências, seminários ou feiras profissionais.
- Vídeos com peritos: entrevistas com peritos ou nomes de autoridade, tanto internos ou externos.
- Vídeos didáticos: perguntas frequentes, how-tos, vídeos instrucionais ou passo a passo para a fase do onboarding, por exemplo.
- Explainer videos: apresentações fictícias que se colocam nos pés de uma persona e justificam a existência do serviço e os problemas que resolve.
- Vídeos animados: perfeitos para apresentar visualmente conceitos difíceis de explicar.
- Diretos: os vídeos em direto têm mais engagement, são mais autênticos e habitualmente mostram o “behind the scenes”.
- 360º ou realidade virtual: para promover uma experiência diferente, totalmente imersiva.
- Augmented Reality: para os produtos ou serviços que se prestam à realidade aumentada, como lojas online, é uma excelente forma de criar engagement e diferenciação.
- Vídeo personalizado: tendência recente das Vendas e do customer success em que o especialista envia vídeos totalmente personalizados, por exemplo, em vez de emails.
Definir os canais
O Youtube e o Facebook são as plataformas mais populares para o uso de vídeo entre os marketeers, mas, na realidade, o LinkedIn é a que tem mais sucesso (87% dos inquiridos no estudo da Wyzowl afirmam ter sucesso com esta rede social). Felizmente, esta também é uma excelente plataforma para empresas de tecnologia do segmento B2B. Os utilizadores do LinkedIn preferem “explainer” videos, que explicam rapidamente a solução. E, agora, com a nova opção de live streaming do LinkedIn, pode aumentar a interação com a sua equipa e fazer a cobertura de eventos.
Apesar de o Instagram e o Facebook serem conhecidas mais como plataformas de lifestyle, podem ser interessantes para as empresas de tecnologia que procuram construir uma imagem de cultura empresarial que apoie a sua estratégia de talent acquisition. A título de exemplo, a Zendesk, uma empresa de software de apoio ao cliente, publica frequentemente conteúdos do behind the scenes dos seus colaboradores, escritórios e os diversos benefícios de trabalhar de trabalhar lá.
Conclusão
Há apenas 10 anos, produzir um vídeo tinha um custo quase proibitivo para alimentar uma estratégia de vídeo Marketing. Em 2020, isto não podia estar mais longe da verdade. Hoje em dia, faz todo o sentido pensar em implementar uma estratégia séria de vídeo Marketing na sua empresa de tecnologias.