Os Jornalistas e os Press Releases
Os comunicados de imprensa (Press Releases em inglês) são uma das principais fontes de informação dos jornalistas. Mesmo com todos os dados disponíveis na internet, ou talvez por isso mesmo, não perderam a sua importância. Aliás, um estudo realizado pela KPMG, para a PR Newswire aos seus membros jornalistas, indica que para 68% dos profissionais da comunicação social ainda é uma das três principais fontes de informação – a segunda, na verdade.
A explicação até é fácil de perceber. É certo que hoje há mais informação disponível. Mas chega a um ponto em que o jornalista fica literalmente inundado de dados. O que aproveitar? De que forma validar a veracidade da informação? Com as redações a ficarem cada vez mais reduzidas e com o trabalho a aumentar (agora já não se escreve apenas para o jornal físico – papel – mas também para o online e, nalgumas vezes inclusive há ainda a divulgação da peça em televisão) a necessidade de priorizar e de poupar tempo agrava-se.
E é aqui que os comunicados de imprensa podem ganhar importância na relação com os jornalistas. Mas apenas se forem úteis, com informação relevante e adequados ao meio em causa.
A relevância e a forma como o comunicado está escrito/apresentado é de extrema importância. Assim como o conteúdo propriamente dito. Nem todo o assunto é publicável. Por isso pense bem antes de emitir um comunicado de imprensa.
Para o ajudar aqui vão algumas questões que respondem à pergunta chave: devo ou não emitir o comunicado?
- O tema é interessante do ponto de vista jornalístico?
- Tenho todos os componentes necessários para a elaboração e distribuição do comunicado?
- Há uma pessoa designada para falar com os jornalistas? O seu contacto está no comunicado?
- Os dados presentes estão corretamente relatados? E verificados?
- O comunicado tem uma descrição da empresa? E esta está devidamente atualizada?
- Tem a lista dos jornalistas (certos) a quem enviar o comunicado? Este (em termos de abordagem) está adaptado aos vários meios de comunicação social)?
As (boas) respostas a estas questões asseguram o despertar do interesse dos jornalistas. Mas, como o objetivo é ir mais além – conseguir a publicação – há que adicionar mais alguns componentes, extremamente importantes para o quotidiano dos profissionais da comunicação social.
É o caso do envio de (pelo menos uma) imagens. Com boa resolução mas não excessivamente pesadas. Nada “chateia” mais um jornalista do que perder tempo a pedir imagens. Que podem chegar num timing já ultrapassado. Ou seja, demasiado tarde.
Números. Os jornalistas adoram números. Estes não só dão credibilidade ao comunicado como podem ser abordados de várias perspetivas o que dá alguma liberdade ao jornalista e permite que a mensagem seja adaptada a diferentes meios.
O Subjet (ou Assunto) tem de ser direto e claro. Revelar imediatamente o tema do comunicado. Se é um lançamento de um produto isso deve surgir imediatamente. Ou se for um convite para um evento. Caso contrário pode passar despercebido ou ser ignorado.
É importante que o texto seja distribuído num formato reutilizável. Isto é essencial especialmente para os meios online.
A informação adicional, seja biográfica, informação de apoio… permite não só aprofundar a mensagem mas também possibilita que os jornalistas tenham novas perspetivas, possam conhecer melhor a empresa/marca e, eventualmente, elaborar artigos de maior dimensão.
Todos os dias os jornalistas recebem dezenas (nalguns casos centenas) de comunicados de imprensa nas suas caixas de correio eletrónico. O objetivo é conseguir destacar o “nosso” de todos os outros e levar à sua leitura. O que se consegue com o cumprimento destas simples “regras”.
E a sua empresa? Como comunica com os jornalistas?
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