Técnicas para um SEO eficaz

Quando falamos de marketing de conteúdo, a qualidade e a relevância são sem dúvida os aspetos mais importantes. O objetivo é sempre agregar valor e responder aos desafios do público-alvo, de forma que conclua que aquela empresa é a que melhor o entende e tem as competências certas para suprir as suas necessidades. Mas existe outro fator que não pode ser descurado: um SEO eficaz (Search Engine Optimization).

O que pretendemos com os conteúdos que criamos é que sejam encontrados, lidos e valorizados pelas pessoas certas, por quem tem interesse no tema e pesquisa na web. Para tal existe um conjunto de técnicas que, a par da qualidade e da relevância, podem fazer toda a diferença. Não é escrever para os motores de pesquisa. É escrever para o público-alvo de forma otimizada.

De facto, os motores de pesquisa são uma das principais fontes a que recorremos quando queremos enriquecer conhecimentos ou procuramos a resposta para uma questão concreta. O que pode então contribuir para um SEO eficaz? Como aumentar a probabilidade de o Google considerar que os nossos conteúdos são os mais indicados para aparecer no topo dos resultados? Tendo em conta alguns fatores:

1. Palavras-Chave

As palavras-chave são o íman que une os seus conteúdos ao público-alvo por trás do computador. Por isso, cada texto que cria para o website deve estar otimizado para uma palavra-chave importante para o seu negócio e pesquisável. Aqui o planeador de palavras-chave do Google pode dar uma preciosa ajuda, com ideias e volumes de pesquisas mensais.

Existem dois tipos de palavras-chave: short tail e long tail keywords. A primeira corresponde a termos amplos, normalmente com apenas 1 ou 2 palavras. As long tail keywords são compostas por 3-5 palavras, e por essa razão não têm tanto volume de pesquisas, mas são muito mais assertivas, existe menos concorrência e maiores taxas de cliques. Mas aqui o mais importante é “entrar na cabeça” de quem pesquisa e pensar como colocaria a expressão no Google na altura de pesquisar.

Quanto mais conteúdo criar que inclua as palavras-chave identificadas como críticas para a sua empresa, mais oportunidades terá de o público-alvo encontrar as páginas do seu site nos motores de busca.

2. Conteúdo

Como se depreende, o conteúdo é a base de tudo e deve endereçar as várias fases da jornada de compra em que o público-alvo se pode encontrar (aprendizagem e descoberta, reconhecimento do problema, consideração da solução ou decisão de compra). Comece por definir quem é ele, quem são as suas buyer personas (personagens que representam o que os clientes-tipo têm em comum em termos sociodemográficos e de problemas/ambições) e qual é o seu Ideal Customer Profile (características do cliente de sonho, aquele que mais valoriza o seu produto/serviço), e só depois deitar mãos à obra. Cada conteúdo deve responder a um desafio de uma persona numa determinada fase da jornada de compra e ser otimizado para uma palavra-chave. Daí a importância do blog, já que as possibilidades são infinitas, ao contrário das páginas corporativas que são mais ou menos fixas. Nunca esqueça que atualmente tudo está à distância de um clique, o seu potencial cliente só precisa de contactar a empresa numa fase muito próxima da decisão de compra. Até lá faz tudo de forma autónoma e se a sua empresa não aparece no processo e não demonstra o valor necessário, não é considerada. Salientamos também que precisa de ter materiais que transformem os visitantes em leads, ou seja que convertam. Não apenas para quem já está à procura de propostas concretas, mas também para quem ainda se está a informar sobre o tema – para posterior nutrição e de forma a não se perderem oportunidades futuras (além do formulário de contacto ou de demo, tenha também eBooks, White Papers, etc).

3. Google My Business

O Google My Business é mais uma forma de aparecer em destaque nesta plataforma líder de pesquisa e partilhar informação útil, de forma imediata e muito simples, com o seu público-alvo – como o website, contactos, logotipo, categoria e descrição do negócio, fotos, serviços, publicações, localização, mapa, FAQs e avaliações/testemunhos de clientes e parceiros – aos quais poderá responder. Controla assim a primeira impressão sobre o seu negócio (sabia que aparece logo no topo, do lado direito, dos resultados de pesquisa?) e, além disso, poderá ainda extrair estatísticas e focar as suas estratégias com as análises de que dispõe. Tal como o seu site, este perfil é outro espaço onde pode maximizar as suas palavras-chave para um SEO eficaz.

4. SEO na página

Este termo significa nada mais nada menos do que otimizar cada página do seu website para uma determinada palavra-chave. E porque isto é tão importante para o crescimento do negócio e um SEO eficaz? Porque estes indicadores dizem ao Google do que fala o seu site e vai criando autoridade nesse domínio, sendo a base (entre muitas outras coisas que compõem o seu algoritmo) para depois decidir a ordem de apresentação de uma página em detrimento de outra consoante as palavras inseridas na pesquisa. Resumidamente, o que indicamos de seguida é o que controla, o que pode facilmente fazer para tentar melhorar a posição no ranking. Otimizar cada página do website para uma palavra-chave, incluindo-a:

• Na URL
• No título da página (representa o texto a azul que aparece nos resultados de pesquisa)
• No primeiro parágrafo
• Consoante a dimensão, 3 a 5 vezes ao longo da página
• No “alt-text” da imagem
• Na meta description (representa o descritivo que aparece nos resultados da pesquisa por baixo do título a azul)
• Numa tag além do H1 (normalmente o H1 é o título)

De notar também:

• Cada página deve ter mais de 300 palavras, que é o estimado como mínimo pelos motores de pesquisa para considerar que existe conteúdo relevante sobre o tema
• O título não deve exceder 60 caracteres para não ficar cortado na página de pesquisa, nem se correr o risco de não passar a mensagem mais relevante
• A meta description não deve exceder 156 caracteres para não ficar cortada na página de pesquisa, nem se correr o risco de não passar a mensagem mais relevante
• A URL não deve exceder 76 caracteres para não ficar cortada na página de pesquisa
• Não usar mais que uma tag H1
• Não linkar a própria palavra-chave para outras páginas de forma a não perder autoridade na atual
• Usar sitemap
• Ter pelo menos 1 link interno e 1 link externo (em demasia também não é bom)
• Ter o mínimo de subpastas no URL – Uma página com muitas subpastas sugere que está “escondida” no site e isso diminui a sua autoridade

Finalmente, e não menos crítico, o website tem também de garantir protocolos de segurança (por exemplo ser https e não http) e estar otimizado em termos de rapidez quer de abertura das páginas quer de acesso à informação pretendida (usabilidade/navegabilidade) seja qual for o dispositivo. Hoje em dia o mobile assumiu um grande papel e o Google privilegia os sites que proporcionam uma excelente experiência de utilização nesse canal.

Se o seu wesbite for construído em WordPress, sugerimos a instalação do plugin de Yoast SEO. E aproveite a ferramenta Website Grader da HubSpot para fazer uma análise completa.

5. Google Analytics

Para analisar como estão a correr os esforços de SEO, precisa de ter dados e estatísticas. A partir do Google Analytics consegue saber que tipo de conteúdo tem melhor desempenho para inspiração futura, bem como qual não está a trazer os melhores resultados para fazer os ajustes necessários. Debaixo do título Relatórios (ver imagem abaixo) pode observar várias métricas importantes para decidir como e onde melhorar os conteúdos e respetivo SEO, e por consequência, atrair mais visitantes e potenciais clientes para o seu negócio.

Todas estas sugestões combinadas com uma estratégia de marketing bem definida e totalmente alinhada com as vendas, podem ter um forte impacto no crescimento da empresa. Ponha-as em prática, desenvolva um SEO eficaz e veja a sua presença online a melhorar a olhos vistos! 😉